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Depois de aprovada venda da Corsan, servidores decidem por estado de greve

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Sindiágua (Divulgação)
Servidores se mobilizaram em Porto Alegre

Depois de aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), na tarde de terça-feira, o Sindiágua deflagrou estado de greve. A aprovação pelos deputados estaduais é o primeiro passo na venda da estatal. De acordo com a categoria, ainda há outros obstáculos para que o governador, Eduardo Leite (PSDB) chegue a finalizar a venda.

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Por um lado, o governado do Estado e os deputados favoráveis à privatização defendem que, até 2033, prazo estipulado pelo marco regulatório, a estatal não teria recursos suficientes para investir nas obras de saneamento previstas. Por outro lado, a categoria defende que a Corsan tem sim margem de lucro para arcar com os investimentos e alegam que os deputados que votaram pela privatização desconhecem a situação da Corsan.

Rogério Ferraz, do Sindiágua de Santa Maria diz que, a nível estadual, a estatal precisa de R$ 6 bilhões para os investimentos necessários. Segundo ele, somente em 2020, a companhia arrecadou R$ 3,2 bilhões, investiu R$ 480 milhões e investiu em obras e saneamento um total de R$ 417 milhões. Na conta, sobraram quase R$ 900 milhões. Nesse ritmo, a Corsan teria mais do que o necessário para investir em questões apontadas pelo marco regulatório.

Ele ressalta que apesar da aprovação na Assembleia, ainda existem outros passos até que a estatal possa ser privatizada. Entre eles, os contratos com 317 municípios gaúchos onde a Corsan atua, pontos que envolveriam discussões políticas municipais. Em Santa Maria, até 2033 seria necessário investir R$ 56 milhões, enquanto a arrecadação para os próximos anos é estimada em R$ 1,9 bilhão no município.

O GOVERNO
No final da tarde de terça-feira, logo após o término da votação na Assembleia Legislativa, o governador, e o chefe da Casa Civil, Artur Lemos Jr, falaram sobre o tema em um vídeo ao vivo.

O governador Eduardo Leite (PSDB) mencionou uma das obrigações do Marco Regulatório do Saneamento, que é de chegar a 90% da rede de esgoto coletado e tratado em 10 anos.

- Infelizmente, o Rio Grande do Sul não chega, nas cidades em que a Corsan opera, a 20% de coleta e tratamento. É importante dizer que com a privatização o Estado não se omite nem se ausenta. Ele continua participando como regulador e como fiscalizador pro cumprimento das metas - argumenta.

O secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, acredita que o debate sobre a privatização da Corsan foi o suficiente para que a Assembleia chegasse à aprovação da venda da estatal.

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